O Problema da Estrutura Heroica
A Jornada do Herói e as narrativas teorizadas por Joseph Campbell são um ponto de violência colonial e de reforço e reprodução da masculinidade branca heteronormativa.
“A guerra como metáfora moral é limitada, limitadora e perigosa. Ao reduzir as opções de ação a ‘uma guerra contra’ seja o que for, você divide o mundo em Eu ou Nós (bom) e Eles ou Algo (mau), reduzindo também a complexidade ética e a riqueza moral de nossa vida a Sim/Não, liga/desliga. Isso é pueril, enganoso e degradante. Nas histórias, essa lógica escapa de qualquer solução, exceto a violência, e oferece a quem lê uma mera garantia infantil. Muitas vezes, os heróis de tais fantasias se comportam exatamente como os vilões, agindo com violência estúpida, mas o herói está do lado “certo” e, portanto, vencerá. O certo define o poder. “
-Ursula Le Guin
Esse artigo é um recorte e adaptação do meu trabalho de conclusão de curso chamado “Imagem e Corpo: o Papel do Cinema nas Performances Raciais”. O trabalho completo procurou investigar a influência do cinema na construção do imaginário coletivo em relação às performances de raça, com foco nas narrativas que perpetuam a supremacia da masculinidade branca heteronormativa. A gramática semiótica produzida por cineastas como D. W. Griffith e Leni Riefenstahl passou a exercer uma função pedagógica na construção de códigos narrativos a serviço da colonialidade. Através da análise de filmes, juntamente com uma comparação bibliográfica, a pesquisa buscou evidenciar a narrativa colonial do Monomito, também conhecido como Jornada do Herói, que vai ser popularizada com os filmes da saga Star Wars, onde é possível observar as performances corporais da figura-chave do “Escolhido”, que se consolidou no imaginário ficcional como um herói acima de outros heróis.
Desde a formação do ser humano, criamos narrativas que ecoam e refletem o mundo em que vivemos. No entanto, diferentes gêneros dessas estórias que criamos, como a fantasia, perpetuam convenções de enredo e arquétipos que têm consequências no mundo real, moldando como as pessoas pensam através da lente do campo imagético.
Gilbert Durand (1993, p. 3), antropólogo, filósofo e grande pesquisador considera o imaginário como o “museu” de todas as imagens passadas, possíveis, produzidas e a se produzir, nas diferentes modalidades, pelo homo sapiens sapiens. Na sua visão, o imaginário é o conjunto das imagens e relações de imagens, sendo um conector obrigatório pelo qual se forma qualquer representação humana, acabando por constituir o pensamento humano. O imaginário implica, portanto, um pluralismo das imagens e uma estrutura sistêmica do conjunto dessas imagens infinitamente heterogêneas, mesmo que divergentes. A imaginação é entendida por ele como função simbólica e tem por objetivo trazer o equilíbrio biopsicossocial do homem.

Flávia Gasi diz que “o sujeito decodifica as imagens do mundo por meio do imaginário, usa do seu repertório para ativar uma bacia semântica. Assim, o imaginário faz a ponte entre o mundo natural e o homem, os outros e o homem, e entre o sujeito e ele mesmo”.
A construção do imaginário opera na relação entre o indivíduo e a sociedade, a natureza e a cultura. Ele é um sistema dinâmico e organizador de imagens e símbolos. Gilbert Durand não separa os fatores biológicos, psíquicos, cósmicos e sociais na constituição do imaginário. Ele não opõe imaginação e realidade. Segundo Durand, o que nos torna humanos é a capacidade de representar simbolicamente
Durand, na obra As Estruturas Antropológicas do Imaginário, apresenta estruturas e regimes de imagens. Dentro dessas estruturas, há uma realidade universal em que pessoas diferentes pensam igual devido a uma mesma estrutura. Por isso, uma realidade pode ser vivenciada por várias culturas, com símbolos diferentes e estruturas iguais. O processo de formação das imagens é o mesmo, tanto para os indivíduos, quanto para as culturas. Ademais, Durand divide as imagens em dois grupos: o diurno e o noturno, a fim de considerar a existência de diferentes maneiras de organização e dinamismos próprios de cada cultura. É importante ter em mente que, mesmo sendo um dos maiores nomes na literatura sobre o estudo do imaginário, Durand não está livre da visão colonial sobre seu próprio objeto de estudo. Pelo contrário, ele acaba por dar como caráter estrutural uma visão racista sobre o negro e as figuras nictomórficas.
Dentro das estruturas propostas, o regime diurno é o que mais conversa com o arquétipo do escolhido, pois consiste no regime da antítese; a intenção imaginativa é a de divisão, de luta e separação que valoriza a racionalidade, a luz, a purificação e a ascensão, em que estão presentes símbolos e imagens ligadas à luta do herói, do guerreiro contra o monstro, do bem contra o mal. A estrutura heroica tem oposições bem definidas entre todos os elementos, ela representa a vitória pelas armas, pela luta e uma vitória sobre o destino e a morte.

Adentrando na literatura fantástica, Wisniewski diz que o arquétipo do “Escolhido” representa aquele que desempenha narrativas corpóreas e, de certa forma, colonialistas, que, de forma plástica, têm tomado o imaginário popular, principalmente da indústria cinematográfica. O “Escolhido” é um termo usado por críticos e escritores nos gêneros de fantasia e ficção científica para descrever um herói, que luta contra o mal, salva o mundo e se mostra superior aos outros heróis – a representação clássica do herói solar. É importante notar como esse arquétipo incorpora entendimentos anglo-americanos de herói, do seu destino predestinado cuja jornada está enraizada na arquitetura literária da fantasia medieval, que frequentemente compreende o herói como uma figura semelhante a Cristo: ele se sacrifica, morre e ressuscita para salvar uma comunidade e seus valores. Uma das principais figuras desse arquétipo é o Rei Arthur, cujas lendas, sacrifício e retorno perene à Grã-Bretanha funcionam como um modelo literário para figuras e textos de fantasia dos séculos XX e XXI. Esses “Escolhidos”, na tradição da fantasia anglo-americana, além de possuírem atributos heroicos cristãos, também são homens brancos. Assim, implicitamente no arquétipo do “Escolhido” está presente uma lógica colonial do corpo e de suas performances – o que o corpo de um herói pode ou não pode fazer–, que procura manter um homem branco heteronormativo específico no auge da narrativa que um “Escolhido” ocupa. Para compreender essa genealogia colonizadora e sua lógica, é necessário analisar como o herói tem sido estudado e classificado por estudiosos do gênero fantástico, para que quando esse arquétipo alcance a cultura popular, especialmente os filmes, possam ser vistos e compreendidos.
Dentro dos estudos sobre a figura do herói, Eduardo Lima, em The Once and Future Hero, busca rastrear as tradições anglo-saxônicas e nórdicas antigas por trás dessa figura. Lima acredita que as origens do herói refletem a sociedade e a época, afirmando que: “O herói muda à medida que avança no tempo e no espaço, adaptando-se para se conformar com as visões da sua sociedade”. Desse modo, o herói é descrito como um reflexo do tempo e da cultura em que foi inscrito, perpetuando o herói como um corpo masculino. Além disso, destacando a branquitude enraizada nas representações textuais e visuais do herói nos dias de hoje.

Embora críticos tenham se utilizado da teoria racial para examinar o uso da raça na literatura de fantasia, eles têm sido lentos em reconhecer a centralidade da branquitude na construção da narrativa do herói, conforme apontado por Lima. Nesse sentido, Helen Young argumenta que uma estética branca está embutida na fantasia porque se baseia em narrativas brancas para promover uma visão de mundo colonizadora que coloca a branquitude no topo. Baseando-se no trabalho de Young, Paul B. Sturtevant se concentra em J.R.R. Tolkien, como o escritor e acadêmico de fantasia mais influente. Sturtevant afirma que a visão racial de Tolkien apresenta desafios significativos. Suas concepções foram fundamentalmente integradas ao âmago do gênero de fantasia, não apenas na literatura, mas também em filmes e jogos. Autores contemporâneos tiveram que se esforçar para libertar o gênero desse “pecado original”. Como aponta Thiago Guimarães no vídeo-ensaio O Senhor dos Anéis: Questões Raciais, Tolkien tratou “raça” como uma distinção entre espécies, usando o termo para diferenciar entre homens, elfos, anões e outros em O Senhor dos Anéis, canonizando o conceito de “raça” na fantasia em detrimento da discussão sobre como “raça” é usada na sociedade moderna. Essa abordagem da raça perpetua o herói branco que as interpretações modernas na ficção e no cinema precisam superar.

Baseando-se na história acadêmica do herói e sua jornada na literatura de fantasia, e, por extensão, nas representações cinematográficas desse herói, olharemos para O Herói de Mil Faces de Joseph Campbell, um texto que considera arquétipos heroicos do cânone ocidental, em comparação a Problemas de Gênero de Judith Butler, a fim de explorar as performances heroicas do “Escolhido” na fantasia e no cinema. Porque esses personagens repetem momentos-chave da narrativa de Cristo, seus corpos não apenas assumem um status mítico de figuras cristãs, mas também lidam com a política racial e sexual da masculinidade branca em suas representações coloniais.
No livro supracitado, Campbell articula sua teoria da “Jornada do Herói”, que seria uma síntese de mitos mundiais, colocando no centro da teoria o arquétipo do salvador semelhante a Cristo. Ao enquadrar histórias não ocidentais dentro de um quadro de um deus cristão, a teoria de Campbell é implicitamente colonizadora em sua tentativa de condensar as histórias e mitos de seres humanos em todo o mundo em uma única narrativa, colocando a ideologia cristã ocidental no centro e indo de encontro com a concepção do caráter heterogêneo das imagens. O trabalho de Campbell influenciou autores, como George Lucas, que cita Campbell como parte da inspiração para suas histórias e reimaginação da “Jornada do Herói”.

Campbell resume o caminho dessa história com o herói partindo do mundo comum em direção a uma região de maravilhas sobrenaturais e retornando dessa aventura misteriosa com o poder de conceder bênçãos aos seus semelhantes. A narrativa nos soa familiar porque é uma reiteração da ideologia colonialista: colonizadores brancos ingleses e europeus, e mais tarde americanos, se viam como heróis em busca de novas terras para reivindicar como suas, frequentemente tomando posse desses territórios por meio da violência, a fim de retornar à sua terra natal com os espólios da guerra para compartilhar. Assim, enquanto Campbell procura contar a jornada de todos os heróis, ele, na verdade, perpetua uma narrativa de um herói da colonização anglo-americana e transforma uma fantasia de colonização em um mito eterno. O autor manipulou a mitologia cultural para se encaixar em sua visão de mundo e crenças pessoais, transformando o mito de uma história coletiva em um empreendimento individualista. Os mitos já não são a base de uma crença coletiva e cultural, mas sim as engrenagens de um homem para promover sua própria solidificação da literatura mundial em um estandarte colonial. Essa fantasia colonial está incorporada na capa de sua obra, onde um mosaico de fotos de diferentes heróis de culturas e histórias de todo o mundo forma a imagem coletiva do rosto de Jesus; assim, todo corpo se torna cativo do ideal colonial do homem branco. Embora essa coletividade de imagens em si seja um ato colonizador, é importante lembrar que a imagem de Jesus como um homem branco já é uma imagem colonizada que promove a supremacia branca, apesar do fato de que um Jesus historicamente preciso teria sido uma pessoa racializada.

Essas performances do herói mítico compõem um ciclo que Campbell descreve como a “Jornada do Herói”, uma narrativa baseada no nascimento, morte e ressurreição de Cristo. Tal jornada é apresentada como um círculo narrativo, implicando que é um ciclo e uma performance inevitável e repetida. Em Durand, a luta do herói diurno também é uma luta contra o tempo, contra a morte e o ciclo natural de criação e destruição. A escuridão vai ser o primeiro símbolo do tempo a partir da oposição entre a luz do dia e as trevas da noite. Segundo o autor, entre quase todos os primitivos, como os indo-europeus ou semitas, conta-se o tempo por noites e não por dias, dando à noite a qualidade de ser a própria substância do tempo. No decorrer do texto, Durand admite que o antissemitismo não seria talvez outra fonte além dessa hostilidade natural pelos tipos étnicos escuros, argumentando que a “negrura” do mal é admitida também pelas populações de pele negra, evidenciando que o estudo antropológico sobre o imaginário e a criação de narrativas está contaminado pela visão branca e europeia. Dentro da proposta de Campbell, o herói é escolhido pelo destino, refletindo o sacrifício próprio de Cristo pelo bem maior e o perdão do pecado original da humanidade, cujo corpo puro era o único capaz de cumprir esse destino. Esse conceito tem sido visto repetidamente em histórias de fantasia. Essa ideologia reflete a necessidade da figura semelhante a Cristo de se sacrificar pelo bem da humanidade; o Escolhido, em sua performance dessa identidade, precisa ser altruísta com seu corpo em favor das massas.
A performance de identidade existe há séculos, sendo distorcida e solidificada por contextos históricos, políticos e culturais sobre o que é aceitável. Assim, Butler hipotetizou que a identidade é nada mais do que uma ilusão social e continuamente criada por meio de linguagem, gestos e todos os tipos de sinais sociais simbólicos. Butler critica essa repetição e status quo como a hegemonia heteronormativa, a qual reforça e prioriza o binário que exclui corpos que agem fora de seus papéis esperados e aceitos. Para que a hegemonia dos padrões heteronormativos se mantenha, é crucial a repetição contínua de atos de gênero em atividades cotidianas, como nossa maneira de andar, falar, gesticular, entre outros comportamentos. As estruturas de poder só conseguem preservar sua influência enquanto a performance desses atos continua a reforçar aspectos politicamente carregados, em vez de desafiar e romper com esse molde.

Uma das mais antigas religiões ainda praticadas é o zoroastrismo, estabelecida por Zaratustra. Um de seus princípios é a crença em um único deus, que exerceu influência sobre três das principais religiões da era comum: judaísmo, cristianismo e islamismo. Do zoroastrismo também derivam conceitos como o juízo final, anjos, demônios e a ideia de uma batalha cósmica entre o bem e o mal. Na visão zoroastrista, o bem eventualmente prevalecerá sobre o mal. A influência dessas ideias na cultura contemporânea é evidente, desde os super-heróis que personificam valores humanistas até a prevalência de narrativas que giram em torno do confronto entre o bem e o mal. No contexto específico do cristianismo, além da dicotomia entre Deus e o diabo, também existem outras dualidades, como a oposição entre carne e espírito. Quando se considera o sincretismo religioso, as invasões, conquistas e impérios, a complexidade das influências torna-se ainda mais evidente, criando um panorama cultural intricado. Essa linha que parte do zoroastrismo até chegar nos principais filmes blockbusters existe, mas se ramifica e se mescla com diversas outras linhas ao longo do processo. Isso ocorre porque vivemos em uma sociedade na qual, em termos de narrativa, a ideia de que o conflito central de uma história ocorre entre dois polos morais opostos é relativamente recente. Na Ilíada e em Hamlet, por exemplo, as narrativas não são sobre heróis contra vilões, a bondade em contraste com a maldade, ou individualismo versus coletivismo.
A ideia do protagonista, ou herói, como um portador de valores positivos para a sociedade, e o conflito entre ele e o vilão como uma disputa de superioridade moral, pode parecer uma estrutura narrativa intrínseca desde tempos imemoriais, mas na verdade é uma construção cultural. Muitas histórias apresentam essa dualidade moral, mas ao examiná-las mais de perto, é possível perceber que o vilão muitas vezes é retratado como um bode expiatório, personificando tudo o que é considerado moralmente inferior pela sociedade que cria a narrativa. Essa dinâmica revela muito sobre os valores e as crenças da época em que essas histórias foram concebidas.

O exemplo de Robin Hood é muito ilustrativo. No imaginário popular, Robin Hood é frequentemente associado à luta pela justiça social e à redistribuição de riquezas, combatendo a opressão dos ricos sobre os pobres. No entanto, essa associação específica do personagem com ideais de justiça social foi ampliada significativamente pela versão de Joseph Ritson, que introduziu características políticas na narrativa. Ritson procurou inspirar o povo inglês a se engajar em movimentos semelhantes aos da Revolução Francesa, utilizando Robin Hood como um símbolo de resistência contra a opressão e desigualdade social. Essa adaptação da história de Robin Hood ilustra como as narrativas são moldadas e reinterpretadas ao longo do tempo para refletir os valores e as preocupações de diferentes períodos históricos. Como ilustra, Catherine Nichols em The Good/Bad Guy Myth: “O xerife de Nottingham foi transformado de um simples antagonista em alguém que simbolizava os abusos de poder contra o povo (…) Toda escala de conflito foi reorganizada como um conflito de valores.”
Os Irmãos Grimm, ao começarem a registrar os contos populares na Europa, estavam guiados pelo objetivo de definir um código moral que encapsulasse os principais valores do povo germânico. Para eles, a identidade de uma nação era moldada não apenas pela linguagem, mas também por uma série de valores e princípios compartilhados pela comunidade. Portanto, era crucial para eles incorporarem elementos de moralidade nas narrativas que antes não os possuíam. Ao adicionar esses aspectos morais aos contos populares, os Irmãos Grimm não apenas buscavam preservar e promover os valores culturais do povo germânico, mas também transmitir lições éticas e ensinamentos para as gerações futuras. Essa prática reflete a percepção da importância da narrativa como veículo para a transmissão e reforço dos valores sociais e morais de uma comunidade.
No Brasil, aprendemos o famoso mito da democracia racial junto com várias outras histórias que moldam essa identidade nacional construída e nos é ensinada nas escolas, nas bandeiras, nos ícones. Tudo isso para construir esse senso moral compartilhado e é nesse contexto que surge a batalha entre o bem e o mal na cultura pop, para explicar para as pessoas o que é o bem, ou seja, quem está do nosso lado na fronteira e quem é o mal, ou seja, quem não compartilha dos nossos valores e precisa ficar do lado de fora. É a ideia de que uma nacionalidade não é só definida pelo lugar onde você nasce, nem pelo idioma que você fala, mas também pelos traços culturais em comum e por essa suposta moralidade compartilhada.
A evolução das narrativas está de fato gerando personagens mais complexos e variando a representação do bem e do mal. Antes, os vilões podiam ser retratados de maneira bastante unidimensional, como figuras claramente más ou inimigos definidos. No entanto, à medida que as narrativas se tornam mais sofisticadas, os vilões também ganham camadas de profundidade e motivações mais complexas. Atualmente, vemos uma tendência em que os vilões não são apenas o “outro”, o estrangeiro ou o diferente, mas personagens com suas próprias angústias, traumas e motivações. Muitas vezes, a verdadeira fonte do mal na narrativa não é o vilão individual, mas sim as estruturas sociais, políticas ou culturais que moldaram esse vilão. Embora tenham existido exceções no passado, essa representação mais complexa dos vilões é, de fato, um fenômeno relativamente recente em termos gerais. Essa tendência nos permite explorar questões morais e sociais de maneira mais profunda e engajante, enriquecendo as narrativas e oferecendo novas perspectivas sobre o bem e o mal.
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